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Selinhos

terça-feira, 5 de julho de 2011

Nostalgia

E então eu subi no ônibus.
Sentei no fundo para esperar a minha parada. Vesti o capuz, pus os fones de ouvido... A nostalgia dele havia passado para mim, tive certeza assim que fechei os olhos. Felizmente, em pouco tempo chegaria ao meu destino.
Os fones apenas abafam um pouco o som do exterior, as pessoas falando, discutindo, brigando, o tempo passando e cada vez que eu me dava por mim, todos os meus “eus” estavam mais e mais nostálgicos. O barulho exterior parou. Finalmente havia submergido completamente à minha cápsula de pensamentos. 
Sozinha.
Uma única lágrima escorreu pela minha face.
Ahh! Que saudades que tinha dessa velha nostalgia! Maldita e abençoada; sentimento dos infernos!
Minha respiração se tornava cada vez mais e mais pesada... O ar parecia uma substância intragável e, ao mesmo tempo, um vício avassalador. Sem dúvidas filosofar não era divertido, não chegava a respostas, nem a conclusões, senão à mais perguntas.
Se filosofa para chegar às perguntas certas...
Era tal a paixão que eu tinha por essa nostalgia que ela já não me fazia sentir mal. Não mais, apenas me enchia de um sentimento de vazio e ceticismo os quais me retorciam por dentro e me maravilhavam. Minha vontade era entregar-me à vida em sua plenitude e ao mesmo tempo nunca mais falar com ninguém. Eram meus lados bom e ruim coexistindo pacificamente, era algo... Alguma coisa tocou o meu ombro. Me sobressaltei, assustada.
- Senhorita? – Balançam meu ombro. – Senhorita?!
- Ehh... Ammm... Sim? – Digo sonolenta. – O que foi? – Digo entre um bocejo e outro.
- Senhorita, chegamos a nossa última parada. – Diz o motorista do ônibus.
- Mas... JÁ?! – Olho para fora. Tudo está escuro, olho o relógio, nove e quarenta e três. Arregalo os olhos, não há mais ninguém no ônibus.
- Moça, você tem que sair do ônibus. – Ele diz.
Recolho as minhas coisas e levanto-me. Não sei como vou voltar para casa. Agora pouco me importa... 
Realmente, a nostalgia é o pesadelo da alma.


domingo, 19 de junho de 2011

Un puente.

         Quisiera encontrar un puente para tirarme de el. Para una vez más sentir algo que no sea aburrimiento, estrés... Para llegar al ápice de mi vida y al clímax de mi história, una história que se pasó lentamente en unos pocos años de vida... Años muy aburridos y con poco que hacer.
        Puedo imaginarme saltando del puente más alto de la ciudad, quizá de un edifício o de un avión. Me gustaría sentir el vento frio y cortante pasando por mi cara, el último suspiro, el último pensamiento, yo mirando el agua o quizá algun otro lugar donde caya...
         Por una última vez pensar en todos que quiero, tu, él, ella, ellos, ellas, yo, nosotros, vosotros. Tener unos pocos segundos para filosofar sobre mi vida y sí hay algién que me va a extrañar... Preferia no pensar en eso, por que a veces siento que nadie lo hará, creo que con mi muerte quitaré mi aburrimiento, el sufrimiento de los otros y quizá estea ayudando para la diminuición de la superpopulación actual...
         Bueno.... No sé, solo sé que lo mejor es no pensar y hacerlo para que alguién un día cuente mi história a los chicos enanos y ellos se emocionen y quizá ellos sintan mi falta... Quizá ellos se queden curiosos en conocerme, en saber en que pensaba, porque lo pensaba o, no sé, solo querian saber como sería el otro final de la história.

Madness

     Esses dias tenho estado muito cansada me sinto sobre carregada, mas eu sei que isso é tudo uma ilusão e que não deveria estar reclamando porque têm muitos com muito menos que eu, mas é inevitável, sou humana e a única coisa que sei fazer é reclamar por mais que se tenha sempre se quer mais.
     Serei eu uma pessoa com algum tipo de complexo esquisito? Louca? Estranha? Esquisita? Bizarra? Ou então, o que? 
     Ninguém me responde essas perguntas e não as faço para serem respondidas eu gosto de indagar as mais bizarras coisas com o máximo de pessoas possível... Por mais estranho que seja  eu me sinto bem, realizada. É como quando eu escrevo eu simplesmente vou soltando as palavras, me deixo levar, escrevo, escrevo, escrevo, vejo se ficou bom, corrijo algumas coisas na hora e guardo para tentar rever mais tarde, sempre acabo utilizando algum desses textos se não em esses meus cadernos de rascunho, algo mais do que minha reflexão sobre mim mesma, algo para partilhar para mostrar as pessoas que o que está mal tende a piorar se não fazemos nada para melhorar.
     Eu não sei o que estou fazendo ao escrever isso, estou cansada com sono e tenho que ir para aula... Mais para mim é impossível fazê-lo antes de dizer tudo o que tenho para dizer, qualquer coisa pode esperar menos a vontade de se auto-compreender... Ao menos, assim sou eu.
By: ME

Você...

"Se você errou
Se você errou, peça desculpas...

É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?

Se você sente algo diga...

É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?

Se alguém reclama de você, ouça...

É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?

Se alguém te ama, ame-o...

É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?

Nem tudo é fácil na vida...

Mas, com certeza, nada é impossível..."

Cecília Meireles

Quem avisa, amigo é

         Sabe quando a vida fica cansativa? Quando você acha que não vai mais aguentar a pressão? Que vai explodir? E você explora um pouco mais os seus limites... Então você vê que não era tão mau e que você fez uma tempestade num copo d'água.
Nunca acreditamos quando uma pessoa diz que fazer mil coisas e, consequentimente, ficar sobrecarregado é realizador, talvez por queremos viver nossas próprias experiências, talvez por sermos teimosos, talvez por sermos ingênuos e acreditarmos que nnunca vai acontecer com a gente...
          E então você descobre que tem um monte de coisas para fazer, aprende a trabalhar para conseguí-las e vê o quão gratificante é isso e, enfim, descobre que aquele amigo(a) estava certo, provavelmente, ele já se foi, se mudou, te esqueceu, parou de falar contigo, morreu. E ai não há mais tempo de voltar atrás, sendo assim o negócio é ter paciência, aturar cada mal momento... Para aproveitar mais o bom. É fazer mais para quando descanses pareça mais tranquilo, enfim... A vida é assim e quem avisa, amigo é

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Simplesmente Imprevisível - Um relato de infância

     Era primavera de 2004, a poucos dias tinha sido meu aniversário de oito anos e eu estava na segunda série. Me lembro muito bem daquela semana... Tudo parecia normal, nada além de uma semana ordinária. Como toda segunda-feira eu havia acordado de mu humor e com preguiça, mas assim que chegava na escola minhas amigas Mariana, Rayssa, Maíra e Luiza me animavam.
     O assunto da semana era o novo óculos da Luiza que ela iria buscar na terça-feira. Ela o descrevia enquanto conversávamos, dizia que ele era roxo , retangular e  lembro que ela mencionou que os óculos eram da Kipling.
     E assim a semana foi passando. Segunda-feira saímos todas juntas para brincar, terça-feira enquanto a Luiza buscava seu óculos, eu, a Mari e a Rayssa  fomos para aula de desenho e como na época nossa sala estava em reforma sempre tínhamos aula em lugares diferentes. Era divertido. Como sempre cheguei em casa e vi um programa na televisão, até que minha mãe me mandou ir dormir. Como toda criança eu reclamei, gritei e esperneei, mas acabei indo dormir, sem saber a trágica notícia que me aguardava.
     Era quarta-feira. Meus pais entraram bruscamente no quarto para me acordar. Havia algo errado. Minha mãe estava com uma cara apreensiva e segurava um jornal nas mãos, então ela olhou seriamente  para mim e disse:
     - Filha, sabe a Luiza? Ontem ela estava andando de carro e ele bateu... A mãe e o irmão dela morreram e ela... Ela esta na UTI - Assim que ela acabou de falar meu rosto era um misto de terror e confusão. - Então... Se você não quiser ir à escola hoje... Tudo bem. - Ela completou.
     Eu não queria ir à escola, não mesmo. Mas eu não podia deixar mina mãe preocupada comigo, enquanto   uma amiga precisava do nosso apoio, eu queria ser forte.
     - Não mãe, - Eu disse - vou para escola. - Então, eu comecei a me arrumar para ir.
     Assim que cheguei na escola e a aula começou  todos fomos até a quadra coberta, desde o infantil, até o último ano do ensino médio. A dona Sônia falou algumas coisas em homenagem aos mortos e todos lhes dedicamos um momento de silêncio.
     Os rumores na escola não paravam. Alguns diziam que a Luiza já havia morrido , outros que ela havia perdido a metade direita do cérebro e estava sendo mantida viva através de máquinas, e estava fadada à morte. Eu não acreditava. Eu não QUERIA acreditar, afinal, não podia ser verdade, como em um dia uma pessoa pode estar super bem e animada e no outro estar praticamente morta?Eu achava impossível.
     As semanas se passavam... Uma, duas, três...Sem notícias de melhoras, até que na quarta semana algo mudou. Para pior. 
     Eu não lembro que dia da semana era, só me lembro que nossas duas primeiras aulas eram Português e eu estava conversando com a Maíra, notamos que a Rayssa ainda não havia chegado. Era um dia chuvoso. Eu nunca esquecerei, porque aquela goteira na frente da nossa sala tornava  o clima sombrio para notícia que vinha a seguir.
     Uma aula passou e a Rayssa chegou. Ela estava com cara de luto e carregava um guarda-chuva nas mãos. Ela entrou e sentou ao meu lado, então perguntei:
     - Por que você chegou atrasada?
     - Eu fui ao funeral  da Luiza - Ela disse. Eu fiquei pasma, e eu pensava, que finalmente, tudo estava  melhorando. Eu fiquei em estado de choque.
      Os dias se passaram e o pai de Luiza chamou a mim e a Rayssa para perguntar se queríamos algum brinquedo da Lu, mas não queríamos nada, a não ser a próprica Luiza.
     Anos se passaram e o pai da Lu se mudou e de acordo com os boatos casou-se novamente.
     A lembrança da morte da Luiza Gardel acabou tornando-se apenas uma recordação passageira e alguns dias atrás esse assunto reapareceu enquanto eu conversava com a Mariana sobre um projeto de texto  que a nossa professora de português pediu em forma de relato pessoal sobre um fato marcante de nossa infância, então decidi que seria sobre isso que eu escreveria.
                                                                                                                      Por Ana Letícia A. Cajazeira

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tecnologia vs. Natureza - Poema

A humanidade desastrada.
Deixou a natureza ser deteriorada.
Numa época onde natureza e tecnologia competem.
Os fatos do recente passado já se repetem.


Não há quem sobreviva
Nessa sociedade ofensiva,
Onde tecnologia domina. Mas
a natureza é sagaz:


O mundo castiga quem destrói
E corrói
Tua suposta eterna beleza
Com safadeza.


Mas no fim os dois perdem
Porque não cedem.
Os dois são destruídos.
Por não serem unidos.